9 de agosto de 2006

Seria cômico se não fosse trágico


Quando se lê esse tipo de noticia é que vemos o quão irresponsáveis algumas pessoas são. Sabe que pessoas morreram e ficaram feridas...mas é impossivel não pensar numa cena de desenhos animados do tipo Coiote do Looney Tunes.
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Explosão mata na Baixada
Fluminense - Rio de Janeiro.
Fonte: Jornal O Dia - 09/08/2006


Homem morre e jovem tem 80% do corpo queimado ao tentarem amassar granada a marretadas. Oficina e seis carros foram destruídos. Casas vizinhas tremeram e houve pânico

Rio - A explosão de uma granada de uso do Exército matou um homem e feriu gravemente um jovem de 18 anos em uma oficina de Belford Roxo, na tarde de ontem. A oficina Auto Star, em Vilar Novo, ficou destruída, assim como os seis carros que estavam sendo consertados. Moradores contaram que casas tremeram, vidraças estilhaçaram, e o barulho foi ensurdecedor, causando pânico na população.

João Paulo Souza, o Bebê, foi carbonizado e Jadson Jacques da Silva, sofreu queimaduras no rosto, braços e tórax, dilaceramento de uma das mãos e ferimentos da traquéia. O rapaz foi socorrido e levado para o Hospital do Joca, no município. No fim da tarde, ele foi transferido para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, e submetido à cirurgia. Após a operação será encaminhado para o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz.

O Esquadrão Anti-Bombas apreendeu outros 14 artefatos que estavam dentro de um Corsa cinza, com placa de Juiz de Fora, próximo à oficina. Cinqüenta homens da Defesa Civil e dos Bombeiros de Nova Iguaçu, Queimados e Duque de Caxias isolaram a área para os agentes retirarem os explosivos do carro.

VÍTIMA FOI LANÇADA

O dono da oficina, Rogério Chaves Torres, 36, contou que por volta das 15h30, quatro homens, em um Corsa, pararam na porta da oficina e pediram a marreta para comprimir peças de ferro-velho. “Eu me afastei para cumprimentar um conhecido e quando estava me aproximando vi a explosão”, disse Rogério, que afirmou não conhecer os rapazes.

O impacto da explosão arremessou João Paulo a uma distância de três metros. Mesmo ferido, Jadson conseguiu sair da oficina e pedir socorro no posto de saúde em frente ao local da explosão. Os outros dois fugiram.

De acordo com testemunhas, as vítimas passaram com o carro em cima do explosivo várias vezes tentando amassá-lo. Como não conseguiram, resolveram tentar usando uma marreta. O caso será investigado pela 54ª DP (Belford Roxo).

Os artefatos apreendidos, que pareciam mísseis com 60 cm de comprimento aproximadamente, foram levados para o quartel do Esquadrão Anti-Bombas e serão analisados por peritos.

Casas foram vistoriadas

A explosão causou pânico entre moradores, pessoas que passavam, funcionários e pacientes do posto de saúde do Vilar Novo, em frente à oficina. A chefe de serviços do posto, Claúdia Dutra do Nascimento, de 40 anos, contou que estava trabalhando quando ouviu o estrondo. “Ouvi um barulho ensurdecedor. Saí correndo e vi o rapaz que ficou ferido. Havia muito fogo. As labaredas passavam de 10 metros de altura”, afirmou.

A dona-de-casa Marlene Araújo, 46, ficou desesperada. “Entrei em pânico, pensei que fosse explodir tudo. O meu desespero aumentou quando a Defesa Civil nos mandou sair de casa para vistoriar e ver se houve abalo. Parecia guerra”, disse.

Outra moradora, a dona-de-casa Ingrid Cristina Chaves de Andrade, 24, também teve a casa interditada pela Defesa Civil. Ela disse que assistia a TV, quando ouviu a explosão. “Fui buscar a minha filha que estava em uma casa nos fundos do quintal”.

Segundo agentes, os explosivos apreendidos são granadas de bocal de exercício antipessoal e anticarro, usados em treinamento de guerra do Exército. O armamento é disparado com auxílio de fuzil 762.

Um comentário:

Anônimo disse...

Desinformação e ignorância..infelizmente é o retrato do povo brasileiro...